Depois do juiz-torcedor do Flamengo que puniu Ronaldinho Gaúcho, mais uma polêmica no Campeonato Brasileiro. Após erros gritantes e um favorecimento descarado aos dois times da ponta da tabela do campeonato, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) agora faz de conta que fiscaliza.
Os árbitros Nielson Nogueira Dias (Fluminense 2 x 1 Ponte Preta) e Flávio Rodrigues Guerra (Atlético MG 2 x 1 Sport Recife), além do bandeirinha Bruno Boschilia (Flamengo 1 x 1 Cruzeiro) irão passar por um período de reciclagem (isso mesmo: “reciclagem”). Os três foram apontados como responsáveis pelos resultados: o primeiro marcou um pênalti inexistente e uma falta invertida que resultaram nos gols do tricolor carioca. O segundo não teria marcado dois pênaltis a favor do time pernambucano. Já o bandeirinha teria invalidado um gol legítimo do Flamengo.
Apesar de achar que apenas no jogo do Fluminense teria havido um favorecimento explícito, a arbitragem tem chamado a atenção em praticamente todos os jogos. Em jogo no Recife, por exemplo, o árbitro Leandro Vuaden se negou a iniciar o jogo entre Náutico e Atlético Goianiense enquanto uma faixa com os dizeres “não irão nos derrubar no apito!” não fosse retirada. Pois quem não deve não teme: entra em campo e mostra que faz um trabalho correto.
Sete anos se passaram e pelo jeito nada mudou. (Foto: canelada.com.br)
Se por um lado se tem agora cinco árbitros para um único jogo, por outro os erros seguem os mesmos – e aumentaram em número e proporção. A insegurança dos juízes nas suas marcações mostra o quão amadora é a preparação, os critérios de seleção e a fiscalização da atuação deles. Enquanto isso, times de média expressão (e muitas vezes até grandes, como Internacional e Grêmio) são prejudicados de forma irreversível, como no Campeonato Brasileiro de 2005, quando árbitros foram comprados e um único clube foi beneficiado.