Nos últimos anos o Internacional tem sido um exemplo de time competitivo, com peças de reposição qualificadas e sempre postulante ao título do campeonato brasileiro. Apesar de não vencer a competição há mais de 30 anos, de uma forma ou de outra tem ganhado pelo menos um título todas as temporadas.
No início do Brasileirão deste ano o time mais uma vez criou expectativa e no papel tinha tudo pra ser campeão. Na prática, o que se vê é um time que só empata e que mal consegue vencer times da ponta de baixo da tabela, mesmo jogando em casa.
Talvez o Beira-Rio em obras tenha anulado o fator local nos jogos em Porto Alegre. Talvez a preparação física seja insuficiente. Talvez tudo isso seja herança do Dorival Júnior e demais técnicos. Ou pior, talvez seja pura incompetência da direção em manter uma fórmula de gestão que não mais atende as pretensões do clube.
O fato é que não faz sentido um investimento de milhões em contratações que vem apresentando um rendimento abaixo de qualquer expectativa. O Internacional não possui ligação da defesa para o ataque e fica refém de jogadores que oscilam, que se lesionam e que são preciosistas. Não é a toa que nos últimos jogos os destaques tenham sido atletas menos badalados, como Cassiano, Fred e garotos da base.
Enquanto torcedora, o que espero é que dentro de campo se tenha muito mais garra, comprometimento e objetividade por parte dos atletas. Que o clube, através de seus gestores, forneça ao seu torcedor um estádio em condições de receber jogos e de acomodar o torcedor, nem que para isso precise se deslocar para o interior do estado. Mas o principal é que haja uma reflexão sobre a manutenção de jogadores caríssimos que, por diversos motivos, sequer fardam para os jogos. O elevado número de estrelas é prejudicial tanto para as finanças do clube, quanto para o clima sadio no vestiário.