O jogador Adriano “Imperador” teve todas as chances na mão de manter uma carreira de sucesso e jogou fora. Depois de faltar mais uma vez ao treino do Flamengo na quinta-feira (1), véspera de feriado, o jogador pediu liberação até terça-feira (6). A presidente do clube carioca, Patrícia Amorim, declarou que quem vai resolver a situação do atleta será o departamento de futebol, que amanhã divulgará sua posição.
Na tarde desta segunda-feira (5), o atacante se antecipou e, por meio de nota oficial para imprensa, disse que não irá mais jogar futebol em 2012. Ele afirmou que pretende se dedicar ao seu recondicionamento físico no restante do ano. O jogador ainda não revela qual será seu futuro no ano que vem, mas garante que voltará aos campos.
O Imperador recebeu esse apelido após a ascensão rápida e o sucesso nos campos italianos. Entretanto, em 2006, o pai do jogador faleceu e Adriano começou o seu declínio pessoal e profissional. Assumiu para a imprensa da italiana que recorria ao álcool com frequência por estar deprimido, saiu da Internazionale de Milão por desavenças com o então técnico Roberto Mancini, veio ao Brasil jogar no São Paulo por um semestre, voltou para a Inter e se envolveu em um polêmico sumiço.
Três semanas após anunciar que ia parar de jogar, foi contratado pelo Flamengo, ajudou o time a ser campeão brasileiro daquele ano e foi o artilheiro do campeonato. Mesmo quando parecia que Adriano ia voltar a encantar nos campos, ele seguiu se envolvendo em polêmicas, como quando sua namorada destruiu o carro do jogador em um baile funk.
Apesar do notório mau comportamento, Adriano foi contratado pela Roma. Em menos de um ano o contrato foi rescindido por ações extra-campo inadequadas e o baixo rendimento dentro nos gramados. De volta ao Brasil, foi contratado pelo Corinthians, mas fez poucos jogos e mais recentemente foi novamente contratado pelo Flamengo.
Todas essas situações demonstram que Adriano é um jogador que não tem preparo psicológico. Chegou à Seleção Brasileira muito cedo, jogou a Copa do Mundo, ganhou fortunas na Europa rapidamente e não soube lidar com a pressão que a profissão impõe.
Além das frequentes ausências em atividades, o que dificulta o longo processo de recondicionamento físico, e a desmotivação do jogador, que não aceita acompanhamento psicológico, parecem que irão abreviar a carreira de um talentoso jogador. Agora, de fato, Adriano está a um passo de fechar todas as portas que restavam para o seu futebol.