Muito tem sido dito sobre as últimas polêmicas sobre a arbitragem no Brasil e muitos questionam se pode ou não haver influência externa nas decisões referentes ao jogo dentro de campo. O estopim foi no jogo entre Inter e Palmeiras, na semana passada.
Em resumo, após a validação do gol de mão do Palmeiras e durante a reclamação do Internacional, o delegado do jogo teria questionado a jornalista Taynah Espinoza, da TV Bandeirantes, se havia sido mão no lance. Ela teria dito que sim e, em virtude disso, a arbitragem teria anulado o lance. O time paulista questiona a atitude e entrou na justiça desportiva com o pedido de anulação da partida.
Foto: Renan Olaz/Futura Press
De início, a postura da jornalista da Band demonstra ingenuidade. Se é de conhecimento público que não pode haver influência externa nas decisões da arbitragem, porque ela respondeu ao delegado o que seus colegas de emissora estavam dizendo sobre o lance? Ela poderia não ter respondido e denunciado a situação proibida que aconteceu.
Sobre a atitude dela, alguns me disseram que é normal esse tipo de comportamento no futebol, pois os repórteres são sempre questionados. Se isso é normal, então a discussão sobre o assunto precisa ser profunda e não só sobre aquele jogo isolado.
Triste é saber que todo esse assunto só veio à tona porque o interessado é o Palmeiras, um time medíocre do eixo Rio-São Paulo, que por algum motivo foi campeão da Copa do Brasil e provavelmente será rebaixado para a Série B. Infelizmente, apenas alguns times têm o direito de reclamar. Os outros sequer possuem voz.
Para ver mais opiniões sobre a arbitragem no Brasil postadas aqui no Viés, acesse os posts “Para melhorar a arbitragem” e “Dentro de campo a história se repete”.